BC busca maior transparência na decisão da taxa de juros

Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central. Foto Orlando Brito

Apesar de dizer que indicadores mostram uma perspectiva de estabilização da atividade econômica, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu contrariar o desejo do Palácio do Planalto e manteve a taxa de juros em 14,25%.

A comunicação da decisão do Copom foi feita em um formato mais transparente. Nela, pondera-se que a inflação está acima do esperado no curto prazo, o que decorre em boa medida decorrente dos preços de alimentos e das incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia.

Lembra, por outro lado, que os ajustes na economia podem ser feitos mais rapidamente, o que resultaria em ganho de confiança e reduziria as expectativas de inflação. A queda do nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções atuais.

O que tudo isso indica é que a atual diretoria do Banco Central quer dar transparência às informações que possui para que os agentes econômicos possam tomar suas decisões com base em expectativas ancoradas a respeito dos fundamentos da economia do país.

O que não foi mencionado neste comunicado é que, injetando na economia mais dinheiro do que arrecada, o Tesouro Nacional provocando uma expansão monetária, prejudicial no atual esforço de controle da inflação.

Deixe seu comentário