Comentário que corre entre petistas em Brasília dá conta de que a ida de companheiros de partido para ministérios deixados vagos por peemedebistas e outros ex-aliados do governo não deve ser atribuída apenas a uma homenagem de Dilma Rousseff à lealdade desses quadros no apagar das luzes.
Na verdade, Carlos Gabas, na Aviação Civil, ex-pasta de Moreira Franco, Eliseu Padilha e Mauro Lopes, e Alessandro Teixeira, no Turismo que foi de Henrique Eduardo Alves, teriam uma missão: vasculhar e levantar feitos e mal-feitos de seus antecessores nessas pastas. Como quadros antigos e experientes na administração pública, estariam recolhendo munição para a próxima fase, que abrange tanto o período de afastamento de Dilma quanto a provável ida para a oposição após o desfecho no Senado.
Por outro lado, aliados de Michel Temer se preparam para assumir ministérios ocupados por petistas nos últimos anos com o mesmo objetivo: fazer uma devassa na máquina.
Do jeito que a coisa vai, os dois lados podem conseguir munição. Não vai sobrar pedra sobre pedra.