O novo normal ressuscitou costumes antigos. Como as salas de cinema passaram a ser consideradas caixas de doença, estão de volta as sessões dos drive-in. É “novidade” que proliferou em várias cidades do mundo após a pandemia do novo coronavírus. O que era um grande programa para os namorados nas décadas de 1950 até 1970, agora volta a toda força. Nos Estados Unidos e demais países da América, na Europa e também no Brasil.
Só que agora, com o passar dos tempos, com maior sofisticação e programação bem mais variada. Não somente são projetados filmes em 4D, em alta definição. O cardápio de atrações oferece shows musicais, peças de teatro e performances que não exigem dos presentes sair do automóvel para curti-las. Tal como era “antigamente”, continua o atendimento por garçons e garçonetes. Mas agora eles ganharam a função de animar ainda mais a noite. Você pode comprar antecipadamente o ingresso e o preço é para cada carro e não pelo número de pessoas.
Mais interessante ainda é a ideia de um empresário de Toronto, no Canadá. Transfomou um galpão desativado em museu-drive-in. Mandou imprimir os principais quadros de Vincent Van Gogh e distribuiu os grandes painéis no ambiente programado para ter iluminação similar à das salas de exposição. Sensacional! De modo que, a bordo do automóvel, os visitantes apreciam confortavelmente as obras do artista holandês. No ambiente cabem 14 veículos por vez. Mas você pode ir vestido da maneira que bem desejar, consumir lanches, tirar fotos, ouvir música e comentar com a família o que está vendo sem incomodar os demais frequentadores.
De maneiras que, por conta do até bem pouco isolamento social e da quarentena obrigatória, você foi levado a viajar pelo mundo pelos infinitos caminhos da Internet. Eram meio de evitar o contágio do vírus. Para assegurar alguma forma de diversão, você trocou a ida ao cinema pelos filmes que chegam à sua tela de tv ou do computer. Agora com a volta do drive-in você ganhou maior liberdade. Contudo, pode sair de casa, mas não pode sair do automóvel.
Como diz um velho amigo argentino, así és la vida!