Eleições: a hora da escolha

A direita liberal, conservadores, sociais democratas, socialistas democratas comunistas bem informados, formam uma maioria avessa a golpismos e outras compulsões fascistas

Direitopatas estão, inconformados, assistindo em toda a Europa a direita liberal – e setores progressistas no poder abrirem suas pautas à questão que leva a ultradireita ao delírio, a imigração. Trump surfou nesse surto de “medo”. E caiu. Na Europa não há, exceção da Hungria, tendência à continuidade de populistas reacionários em países com tradição de estabilidade institucional da democracia.

Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes – Foto Orlando Brito

No Brasil Bolsonaro tem, no máximo, 20% em votos da direita extremada, por força de uma retórica na qual a imigração é tolerada, puxando a brasa para o xenofobismo e os costumes, além do bordão anti-comunista, o que é curioso diante do entreguismo dirigido por Guedes e da promiscuidade das negociatas evidentes de certos pastores e igrejas, e relações escusas entre milicianos, polícia e narcotráfico, e o namoro com Putin e China. Em todo caso, Bolsonaro tem um teto, 33%, talvez um pouco mais, conquistado na despolitização da polarização.

A direita liberal, conservadores, sociais democratas, socialistas democratas comunistas bem informados, formam uma maioria avessa a golpismos e outras compulsões fascistas. Isso tende a se revelar eleitoralmente.

Nas eleições que se aproximam teremos uma ideia do nosso Comum. Saberemos quem aposta na democracia com estado de Direito como processo social de gestão de interesses e conflitos; ou numa democracia delegada, abrindo mão do Estado de direito em nome de certa eficiência anunciada como panaceia pelo mercado total.
Alea jacta est.

– Edmundo Lima de Arruda Jr

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