Ainda sobre Tim Maia

O que o síndico diria se visse a ascensão da extrema direita no Brasil

Tim Maia - Foto Reprodução Globoplay

Assisti à série Tim Maia, exibida na Globoplay. São três episódios recheados de imagens e informações, algumas inéditas, sobre o artista.

Senti um misto de alívio e conformação por minha caretice e um pouco de inveja do Tim por sua ousadia e coragem de transgredir (já escrevi sobre isso).

Tim Maia – Foto Reprodução Globoplay

Em um dos episódios são exibidas suas frases mais famosas. Uma, em especial, despertou minha atenção:
“Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.”
Caramba, pensei, ele morreu em 1998, e nem viu o que estamos vivendo atualmente.

Tim Maia, que não tinha papas na língua, iria revirar seus mais de 130 kg várias vezes no túmulo ao saber que, além de pobres, há também negros, gays, mulheres e nordestinos que votam, não na direita, mas na EXTREMA direita que está crescendo no Brasil.

Foto Orlando Brito

A mesma EXTREMA direita que, mundo afora, prega a supremacia branca, preferencialmente masculina. Que se mostra intolerante com estrangeiros e refugiados. Que não respeita as minorias. Que não aceita o acesso dos pobres às universidades e a melhores postos de emprego. Que não respeita a homoafetividade.

É, Tim, difícil acreditar que este país possa dar certo. Mas ainda resta uma esperança. Vamos ver o que vai dar no dia 30 de outubro.

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