Fãs de Daniel Silveira: Apagando fogo com gasolina

Fãs do deputado Daniel SIlveira, preso por decisão do Supremo, fazem protesto com cartazes e faixas em frente ao Congresso - Fotos Orlando Brito

Estamos a ver a crise que o deputado Daniel Silveira, do Rio, abriu ao pedir o fechamento do Supremo Tribunal Federal, criticar os magistrados da Corte Suprema e defender a volta do AI-5 no vídeo que publicou em suas redes sociais. Por isto, acabou preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes pela Polícia Federal.

Por ser deputado, abriu-se a discussão de se Daniel Silveira pode ou não com seus comentários descumprir a Constituição e pregar contra a estabilidade da democracia. Seus aliados acham que sim. Mas juristas e demais pessoas de bom senso afirmam que não lhe é permitido usar do direito que lhe confere a imunidade parlamentar contra a liberdade.

O certo é que com a prisão de Daniel Silveira, ensaia-se uma crise entre os poderes Legislativo e Judiciário. Por onze votos a zero — ou seja, por unanimidade — o plenário do STF crismou a decisão até então monocrática do ministro Moraes. Assim, entraram em campo os próprios presidentes da Câmara e do Senado para buscar solução que não resulte em crise maior.

Tanto Arthur Lira quanto Rodrigo Pacheco fazem o papel de bombeiros. Ambos distribuiram notas tentando apaziguar a situação. Jair Bolsonaro, de quem o deputado Daniel é fiel seguidor, preferiu não expor sua opinião. Até agora, pelo menos.

Mas os fãs de Silveira não perderam tempo. Alguns poucos reuniram-se em frente ao Congresso não só para exigir que o plenário da Câmara vote em peso por sua soltura. Mas, sobretudo e principalmente, para também agredir os ministros do Supremo com cartazes e faixas tão agressivas quanto as palavras do parlamentar.

É só reparar nessas fotos. Querem apagar fogo jogando gasolina.

 

 

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