O 12 de Outubro é duplamente feriado. Por ser o Dia das Crianças e também a data em que se homenageia a padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida.
A ideia de inventar o Dia da Criança tem quase cem anos. Foi do deputado carioca Galdino do Valle, em 1924, quando a Capital Federal era ainda no Rio de Janeiro. Seu projeto foi aprovado por franca maioria, com o propósito de incentivar a sociedade brasileira, especialmente os pais, a dar maior atenção e cuidados aos pequenos.
Nos anos 1960, a Estrela — fabricante de brinquedos infantis — percebeu a data como lucrativo campo de negócios e lançou a famosa campanha Bebê Johnson. Tornou-se não somente um sucesso de vendas, mas criou o hábito de presentear a meninada.
Antes do século XVII, as crianças eram encaradas como miniaturas dos adultos. Em todas famílias — fossem elas de quaisquer classe sociais — não havia, por exemplo, sequer distinção no figurino de suas roupas. O correr do tempo, com a chegada da Revolução Industrial, mudou os costumes. Na medicina, especializou-se a pediatria. A gastromia criou dieta própria para crianças e começaram a surgir as primeiras lojas de moda infantil. Hoje, enfim, existe um sofisticado e específico mundo para os petizes.
Repare nessa foto lá do alto que fiz dia desses no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Vi a cena e entendi como tudo estava representado. Aliás, conectado em uma só imagem: a presença materna; o lúdico, na tradição da boneca; e os tempos modernos, com o irmãozinho teclando no seu vistoso celular.
Infelizmente nem tudo no mundo das crianças é paraiso nos tempos atuais. É só prestarmos atenção no que acontece nos países onde a probreza e a violência contra elas as impede vida digna e segura. Inclusive aqui.