Covid – Saúde versus Economia. Lockdown versus free street

Rodoviária de Brasília: vendedores ambulantes ocupam o espaço em frente às lojas fechadas pelo decreto do governador - Fotos Orlando Brito

Tal como em 16 outras unidades da federação, também o governo Distrito Federal decretou regime de lockdown, o toque de recolher, das oito da noite às cinco da manhã até o dia 15 de março. A decisão decorre da possibilidade do esgotamento da capacidade de atendimento hospitalar nos leitos das UTIs.

Para que a medida de isolamento social contenha o número de contaminações pela Covid, ficaram restritas várias atividades que resultam em aglomeração de pessoas. Assim, ficou proibida a abertura de restaurantes e bares, academias esportivas, a realização de festas e as atividade das feiras livres. Nas escolas, nada de aulas presenciais. As exceções ficaram para os denominados serviços essenciais, como as farmácias, supermercados e transportes coletivos.

As reações foram imediatas. Tanto os seguidores de Jair Bolsonaro — que não acredita na eficácia das medidas — quanto as entidades que representam o comércio estão nas ruas em manifestações como forma de protesto.

E, como se vê nas fotos, a obediência ao decreto não é total. Por exemplo, na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes praticamente não se vê transeuntes. Mas nas cidades-satélites e na Rodoviária do Plano Piloto, vendedores ambulantes montam suas tendas no espaço entre os ônibus e as lojas fechadas pelo decreto, mesmo às vistas da polícia.

Com o crescente número de mortos em seus estados, governadores se reúnem em Brasília para buscar junto ao Congresso apoio para que o governo federal adote medidas adequadas para enfrentar a pandemia. As vacinações continuam em ritmo irregular. Com falta de imunizantes, pouco mais de três por cento da população receberam o medicamento.

Nessa terça-feira, os óbitos bateram recorde: 1726. E os especialistas preveem que a situação vai piorar. No Brasil, o número de vítimas fatais pela Covid chegou 257 mil.

A vacinação e a saúde do país a cargo de Pazuello e Bolsonaro – Fotos Orlando Brito

 

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