A sequência de queimadas em vários pontos do território brasileiro é motivo de preocupação. No Pantanal Mato-grossense são várias as áreas afetadas por incêndios. Na floresta amazônica, o número deles é ainda maior. Nessa semana os focos de fogo chegaram também ao Parque Indígena do Xingu e, para combatê-los, entraram em ação brigadistas do Ibama e os próprios índios.
Nas aldeias das etnias Kuikuro e Kalapalo as queimadas são ameaça real. Mas é nas cercanias da tribo Pyiulaga, dos índios Waurá que o fogo mais assusta. À noite, a tentativa de conter as chamas na vegetação. No posto de atendimento médico, mães protegem a saúde das crianças com sessões de nebulização. A fumaça toma conta do ambiente e oferece imagem de desolação.
É só ver nas fotos feitas pelo indígena Yanahin, guerreiro Waurá.
Nessa quinta-feira, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles postaram nas redes sociais da Internet um vídeo que gerou criticas imediatas. Produzido por ruralistas do Pará, o filme tenta demonstrar que não são verdade as notícias de que há danos ambientais no Brasil. Porém, contém a imagem de um mico-leão-dourado, espécime animal, em extinção, característico da Mata-Atlântica. A peça, obviamente, foi ridicularizada e considerada como fake.
No Pantanal, em Mato Grosso do Sul, cerca de 27 mil focos de fogo devastaram em torno de 1 milhão de hectares da vegetação. E no Parque do Xingu, aproximadamente uma área de 44 mil hectares.
Também nos Estados Unidos os incêndios lambem florestas na região da Califórnia. Pacifistas do Greenpeace fizeram também na manhã dessa quinta-feira, em Paris, manifestação acusando o presidente francês Emmanuel Macron de não aderir ao movimento contra a devastação do meio-ambiente.