Espetaculosa e sem contribuição objetiva. Assim está sendo considerada participação na do empresário Luciano Hang, dono da rede eletrodomésticos Havan, como depoente convidado na CPI da Pandemia do Senado, que investiga as mortes pela Covid no Brasil
Hang, amigo de Jair Bolsonaro, foi parar na Comissão por ser acusado de financiar e dissimar fake news nas redes sociais e também um dos principais incentivadores do chamado “tratamento precoce” para pacientes acometidos pela Covid.
Chegou na hora marcada, pouco antes das dez da manhã. Acompanhado dos senadores que fazem parte da tropa de choque do governo na CPI, inclusive do senador Flávio, filho de Bolsonaro. Trajava seu habitual terno verde-amarelo e, antes de começar seu depoimento, deu entrevista aos jornalistas no púlpito reservado às câmaras de tevê.
Acompanhado de seus advogados, começou seu depoimento fazendo um breve relato de sua origem. Disse que nasceu em família humilde em Brusque, cidade no interior de Santa Catarina, que tem dislexia e somente foi alfabetizado aos 12 anos. Fez também breve um relato do sucesso de sua empresa, a rede Havan.
Depois, afirmou que não conhece e não faz e nunca fez parte de nenhum gabinete paralelo. Disse que nunca financiou esquema de fake news e que não é negacionista.
A sessão teve ser suspensa após pequena confusão. Luciano Hang apresentou placas de papelão com os dizeres “liberdade de expressão”. O presidente da CPI, Omar Aziz, determinou que estas fossem recolhidas, sob protesto do advgado do empresário.
Respondeu às perguntas feitas a ele sem nenhuma relação com os temas indagados. O senadores destacaram os quase 600 mil mortos pela pandemia no Brasil, cintando inclusive a mãe a senhora Regina Hang, mãe de Luciano. Ela e outros infectados pela Covid faleceram após receberem o “kit Covid”, prescrito a contragosto dos médicos da provedora de saúde Prevent Senior, onde estavam internados.