Lula, basta seguir os ODSs!

Em vez de ficar produzindo frases de efeito contrapondo a fome ao Equilíbrio Fiscal, não será melhor detalhar esses Objetivos e solicitar que todas as áreas os transformem em metas e orçamento para cada ministério?

Presidente Lula - Foto Guilherme Santos/PT

Recentemente publiquei (veja aqui) artigo destacando os ODSs, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 e provocando que todos os governos e candidatos poderiam “pegar uma carona” e usa-los nos seus planos de governo e campanhas.

Com o resultado definido e o Presidente Lula eleito, as atenções agora estão voltadas para a equipe de transição e para a formação do novo governo.

Não se deve perder uma oportunidades dessas! Esses 17 objetivos cobrem praticamente todas as áreas do conhecimento, da sobrevivência e do crescimento humano e o novo programa do governo eleito deveria incluir esses objetivos, que se desdobram em 169 metas e já definir  indicadores de acompanhamento.

Um plano de governo montado dessa forma seria aplaudido no mundo inteiro e os críticos à direita ou à esquerda ficariam emudecidos!

Querem uma amostra? A frase chave do programa da ONU é “Não deixar ninguém de fora” ou ” Não deixar ninguém para trás!”

Resumidamente, os ODSs cobrem: acabar com a pobreza e a fome; garantir educação e saúde para todos; garantir diversidade e reduzir desigualdades; garantir água e saneamento; preocupação com o clima, a vida na água e a vida na terra incluindo a conservação das florestas; cidades, trabalho, indústria, agricultura  e organizações inclusivas e sustentáveis; energias limpas, sustentáveis e modernas; produção e consumo sustentáveis e o trabalho digno para todos;  e, finalmente, promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, com  acesso à justiça para todos em  todos os níveis e reforçar os meios de implementação e parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.

Tá bom ou quer mais? Será que um plano como esse não será aplaudido de pé?

Número de famílias com fome aumentou no Brasil

Em vez de ficar produzindo frases de efeito contrapondo a FOME com o Equilíbrio Fiscal, não será melhor detalhar esses Objetivos e solicitar que todas as áreas façam um “deployment” desses objetivos e os transformem em metas e orçamento para cada ministério, secretaria ou orgão?

Uma outra forma elegante de apresentar o modelo, é a preocupação com os 5 Ps, já que  são um plano de ação que busca fortalecer a paz universal e erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões.

O lema é: “Ninguém pode ficar de fora!”, por isso foram construídos contemplando as cinco áreas de importância crucial para a humanidade e o planeta: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias, que são os 5 pilares dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Educação de qualidade – Foto Divulgação

Em um próximo artigo, vou abordar como o ODS4 (EDUCAÇÃO) poderia ser desdobrado de modo que TODA a população (210 milhões), com base no conceito de LIFELONG LEARNING,  possa ser beneficiada e não apenas aqueles 60 milhões de estudantes que estão hoje em salas de aulas.

Concluindo, devo ressaltar que a maior parte das informações aqui descritas estão na Internet em sites do IPEA, IBGE, BNDES, CNM, INEP, EMBRAPA,  TCU, CONGRESSO NACIONAL, STF e também em sites de estados e prefeituras, compondo um bloco de organizações fundamentais, respeitadas e que podem atuar de modo integrado, harmônico e decisivo para o alcance desses objetivos.

Paulo Milet é consultor em gestão, Inovação e EaD,  Presidente do Conselho de Educação da ACRJ e Diretor da RIOSOFT, formado em Matemática pela UnB, pós-graduado  pela FGV e CEO da ESCHOLA.COM.

Deixe seu comentário