Recentemente publiquei (veja aqui) artigo destacando os ODSs, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 e provocando que todos os governos e candidatos poderiam “pegar uma carona” e usa-los nos seus planos de governo e campanhas.
Com o resultado definido e o Presidente Lula eleito, as atenções agora estão voltadas para a equipe de transição e para a formação do novo governo.
Não se deve perder uma oportunidades dessas! Esses 17 objetivos cobrem praticamente todas as áreas do conhecimento, da sobrevivência e do crescimento humano e o novo programa do governo eleito deveria incluir esses objetivos, que se desdobram em 169 metas e já definir indicadores de acompanhamento.
Um plano de governo montado dessa forma seria aplaudido no mundo inteiro e os críticos à direita ou à esquerda ficariam emudecidos!
Querem uma amostra? A frase chave do programa da ONU é “Não deixar ninguém de fora” ou ” Não deixar ninguém para trás!”
Resumidamente, os ODSs cobrem: acabar com a pobreza e a fome; garantir educação e saúde para todos; garantir diversidade e reduzir desigualdades; garantir água e saneamento; preocupação com o clima, a vida na água e a vida na terra incluindo a conservação das florestas; cidades, trabalho, indústria, agricultura e organizações inclusivas e sustentáveis; energias limpas, sustentáveis e modernas; produção e consumo sustentáveis e o trabalho digno para todos; e, finalmente, promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, com acesso à justiça para todos em todos os níveis e reforçar os meios de implementação e parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.
Tá bom ou quer mais? Será que um plano como esse não será aplaudido de pé?

Em vez de ficar produzindo frases de efeito contrapondo a FOME com o Equilíbrio Fiscal, não será melhor detalhar esses Objetivos e solicitar que todas as áreas façam um “deployment” desses objetivos e os transformem em metas e orçamento para cada ministério, secretaria ou orgão?
Uma outra forma elegante de apresentar o modelo, é a preocupação com os 5 Ps, já que são um plano de ação que busca fortalecer a paz universal e erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões.
O lema é: “Ninguém pode ficar de fora!”, por isso foram construídos contemplando as cinco áreas de importância crucial para a humanidade e o planeta: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias, que são os 5 pilares dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Em um próximo artigo, vou abordar como o ODS4 (EDUCAÇÃO) poderia ser desdobrado de modo que TODA a população (210 milhões), com base no conceito de LIFELONG LEARNING, possa ser beneficiada e não apenas aqueles 60 milhões de estudantes que estão hoje em salas de aulas.
Concluindo, devo ressaltar que a maior parte das informações aqui descritas estão na Internet em sites do IPEA, IBGE, BNDES, CNM, INEP, EMBRAPA, TCU, CONGRESSO NACIONAL, STF e também em sites de estados e prefeituras, compondo um bloco de organizações fundamentais, respeitadas e que podem atuar de modo integrado, harmônico e decisivo para o alcance desses objetivos.
Paulo Milet é consultor em gestão, Inovação e EaD, Presidente do Conselho de Educação da ACRJ e Diretor da RIOSOFT, formado em Matemática pela UnB, pós-graduado pela FGV e CEO da ESCHOLA.COM.