Entre acusados da Lava Jato, vale a Lei de Murici

Procurador-geral da República do Brasil, Rodrigo Janot.

O sistema político voltou a operar no modo crise máxima e todos têm pressa. Na sede da PGR, Rodrigo Janot e seus auxiliares andam trabalhando até tarde da noite para tentar concluir até semana que vem os pedidos de abertura de inquérito para investigar os políticos citados nas delações da Odebrecht. Com esses pedidos, serão enviadas as solicitações de quebra do sigilo desses depoimentos.

A julgar pelos vazamentos da semana, que trouxeram apenas parte do que foi dito por Marcelo Odebrecht e outros executivos no processo de cassação da chapa Dilma-Temer, será mesmo um tsunami.

Nessas horas, vale a lei de Murici – cada um cuida de si. A PGR quer se livrar logo dessa incumbência, sem o desgaste se parecer que está enrolando ou protegendo alguém.

Os políticos que ficaram no alvo nos últimos dias, sobretudo os palacianos do PMDB e os caciques do PSDB, querem que o resto das delações venha logo a público – com os novos personagens e fatos, ganham uma chance de ver suas acusações diluídas. Por isso, estão torcendo para os nomes de seus colegas até agora poupados apareçam logo.

Quem andou pelos três poderes esta semana constatou que todo mundo está se comportando como se o abismo estivesse ali na esquina.

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