Itamaraty reconhece importância de Orlando Brito no mundo

Fotógrafo teve seu trabalho exposto em mais de 60 países e nos maiores museus do Brasil e do mundo

A importância de Orlando Brito como um dos mais reconhecidos profissionais do fotojornalismo no Brasil e no exterior, com obras expostas em mais de 60 países, foi reconhecida pelo Ministério das Relações Exteriores, em nota oficial emitida na última sexta-feira (11), pelo falecimento do fotógrafo e sócio fundador de Os Divergentes.

O chanceler Carlos Alberto Franco França compareceu ao velório no sábado levando uma bandeira do Brasil, que foi estendida sobre o caixão pouco antes do sepultamento. Embora o presidente Jair Bolsonaro não tenha se manifestado, como fez por várias ocasiões ao longo do mandato, o embaixador encaminhou a nota antes de emiti-la para apreciação no Planalto.

A única outra nota emitida pelo Itamaraty sobre um luminar da cultura brasileira falecido nos últimos três anos foi sobre o pianista Nelson Freire, morto em novembro do ano passado.

Segue a íntegra da nota do Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores recebeu com pesar a notícia do falecimento do repórter-fotográfico Orlando Brito, na madrugada de hoje, em Brasília.

Ícone do fotojornalismo brasileiro, foi reconhecido nacional e internacionalmente em inúmeras premiações, com destaque para o World Press Photo Prize (1979), concedido pelo Museu Van Gogh, nos Países Baixos, e o Prêmio Abril de Fotografia, no qual foi laureado 11 vezes e considerado “hors-concours”. Foi agraciado ainda com os prêmios de Aquisição da I Bienal de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e da Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba.

As fotografias de Orlando Brito integram acervos de colecionadores institucionais de relevo, no Brasil e no exterior, como o Museu Georges Pompidou, em Paris, o Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, o MASP, o Instituto Moreira Salles e a Enciclopédia de Artes Visuais do Instituto Cultural Itaú, estes últimos em São Paulo. Tendo fotografado em mais de 60 países, sua obra foi exposta em várias cidades do exterior, como Londres, Nova York, Paris, Tóquio, Madri, Lisboa, Basiléia e Buenos Aires, por vezes com apoio do Ministério das Relações Exteriores.

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