Cultura celebra a memória de Orlando Brito

Um dos mais importantes fotojornalistas do Brasil, Orlando Brito (1950 – 2022), ganha homenagem nesta quarta-feira (18.5) pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Às 19h, 16 imagens marcantes da trajetória do fotógrafo são projetadas na cúpula do Museu Nacional da República. Logo em seguida, às 20h, a Galeria Central do Espaço Cultural Renato Russo é batizada com o nome do primeiro brasileiro a receber o World Press Photo Prize, concedido pelo Museu Van Gogh, na Holanda, em 1979.

A cerimônia é seguida pela projeção do filme “Não Nasci para Deixar meus Olhos Perderem Tempo”, de Claudio Moraes, na Sala Marco Antônio Guimarães, com entrada franca e sujeita à lotação. O documentário mergulha na trajetória de Brito, que retratou instantes variados, de carreiras artísticas aos momentos conturbados do Brasil em meio a uma ditadura. “O olhar dele foi testemunha e filtro”.

 

“Rebatizar a Galeria da Praça Central com o nome de Orlando Brito é dimensionar a importância desse mestre, que fez um recorte profundo da política brasileira por meio de seu olhar e sensibilidade artística”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

O artista retratou presidentes e personalidades políticas desde a ditadura militar, tendo sua obra reconhecida pelo registro crítico da recente história do Brasil. Mineiro de Janaúba, Orlando Brito começou de forma autodidata em 1965, como laboratorista do jornal “Última Hora”, em Brasília. Dois anos depois, já era fotógrafo, emendando uma carreira em grandes redações como “O Globo” e “Veja”. Ao longo da carreira, conquistou 11 vezes o Prêmio Abril de Fotografia e, a partir de 1987, foi considerado hors-concours da premiação.

É autor de os livros “O Perfil do Poder”, 1981; “Senhoras e Senhores”, 1992; “Brasil: de Castello a Fernandos”, 1996; e “Poder, Glória e Solidão”, 2002.

Protesto na Praça dos Três Poderes – Foto Orlando Brito

 

Em junho, fotos de Orlando Brito abriram o Museu de Arte de Brasília para a visitação depois de 14 anos de abandono do espaço. Foram exibidas 18 fotografias, realizadas entre 1966 e 2021, imagens do período da ditadura militar, das “Diretas Já” e da pandemia da Covid-19.

As fotos de Brito normalmente ultrapassam o registro fotojornalístico e trazem um discurso poético e artístico a ponto de terem sido incorporadas aos acervos de instituições como o Museu de Arte de São Paulo, os Museus de Arte Moderna do Rio e de São Paulo e o Centre Georges Pompidou, de Paris.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br

Texto: Sérgio Maggio. Edição: Sâmea Andrade (Ascom/Secec)

16/5/2022

15:00:34

Deixe seu comentário