Você, meu caríssimo leitor, assim como eu, é apaixonado pelo Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa da beleza e, algumas vezes, precisamos concordar com a Fernanda e com o Fausto; é purgatório do caos. Bebo na fonte de Nelson Pereira dos Santos, em um Rio de 40º à sombra, nos personagens encantadores, nos cenários paradisíacos e nos olhos de Zé Keti, a voz do morro sim senhor.
O samba natural do Rio, da alegria, do gingado e da Tia Ciata ─ bênção madrinha ─, a cidade que pulsa e, no impulso, se descortina para as câmeras como musa, como modelo, como protagonista que é. O rio é fotogênico, o Rio é instagramável.
A cidade das moças coloridas pelo sol, da Portela e do Manto Sagrado rubro-negro, do aplauso ao pôr do sol, das noites enluaradas. Dos braços e abraços, abertos sempre sobre e na Guanabara. É o Rio ‘mermão’, é de copo e de cruz, é de bênção, de aleluia, de saravá e muito axé.
Fotografável, instagramável, redes sociais, insuperável em tanta beleza que ‘arrombam as retinas’ e os diafragmas. Brilha nas telas-celulares, sempre ao alcance das mãos e sutis toques de dedos, nas mais leves e incríveis selfies em que o plano de fundo invariavelmente protagoniza a cena.
E noite adentro vai, maravilhosamente envolvente encimada pela lua de São Jorge, Ogum e Oxóssi em suas matas; padroeiros, inspiração ecumênica.
A cidade que, em ângulos controversos se tornam versos da poesia mais iluminada.