Diga o nome de uma candidata à primeira-dama

Bolsonaro e senhora

Pouco se sabe sobre as candidatas a primeira-dama do país. Evidentemente isso tem importância relativa, já que não se vota nelas, mas vale lembrar que as últimas, Marisa Letícia e Ruth Cardoso, ambas falecidas, foram mulheres muito fortes e representativas nos governos Lula e FHC. De Marcela Temer, “embaixadora” do Programa Criança Feliz, o que dizer? “Bela, recatada e ‘do lar'”, cravou Veja, numa rara entrevista em abril de 2016. A curiosidade é natural e o país, e o mundo, já viram surgir primeiras-damas marcantes, por diferentes razões, como Jacqueline Kennedy Onassis, Eva Perón, Michelle Obama, Carla Bruni, Benazir Bhutto, Maria Tereza Goulart. Isso, sem falar nas candidatas mulheres desta campanha, Manuela D’Ávila e Marina Silva – mas aí é tema para outro artigo. Lá fora, Melania Trump é… Melanie Trump. A notícia do momento é sua “viagem surpresa” ao Texas para visitar um albergue de crianças imigrantes, separadas de seus pais pela repulsiva política de tolerância zero implementada pelo marido. Não se sabe o que disse, mas Melania usava, na visita, um casaco com a frase “eu realmente não me importo, você se importa?”, estampado nas costas.

Voltando à corrida presidencial por aqui, a mais “conhecida” daquela que poderá ser a 39ª primeira-dama do Brasil, pelo menos no curral paulistano, talvez seja “Dona Lu” Alckmin, intensa em suas agendas beneficentes, gastos padrão socialite e, vez por outra, alguma denúncia, como a feita pela Folha, em 2016, mostrando que, como presidente do Fundo Social de Solidariedade de SP, utilizou as aeronaves do governo – jatos e helicópteros – mais vezes do que todos os secretários do então governador Geraldo Alckmin somados. Tristemente, viveu o drama impensável de perder um filho, em abril de 2015, Thomaz, seu caçula, em um acidente de helicóptero.

Produtora de TV e teatro, a cearense Giselle Oliveira Bezerra, 39 anos, é a curiosidade do momento entre as possíveis primeiras-damas. É a namorada de Ciro Gomes. Segundo perfil traçado pelo Globo, tem “papel discreto em sua campanha” até agora. Faz registros exaltando o pedetista em suas redes sociais, inclusive selfies apaixonadas nas viagens de avião. A recíproca também ocorre: no dia 14 de junho, Ciro postou uma foto ao lado de Giselle, num evento com Miguelina Vecchio, vice-presidente nacional do PDT. Giselle faz postagens de um posicionamento político que coincide com o de Ciro: é adepta do “Fora, Temer”. Ciro ainda paga por uma frase infeliz, dita há 16 anos (!), quando sua então esposa era a atriz Patricia Pillar. Pré-candidato à Presidência, Ciro afirmou que o papel da sua esposa na campanha era “dormir com ele”. Patricia já disse, mais de uma vez, que Ciro “nunca foi machista”. Mas, nas redes, o assunto sempre volta.

“A bela da fera”, como descreveu a Folha, em abril, sem ligar para o clichê fim de linha, trata da “bonita e muitíssimo evangélica” – mais lugar comum – Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro. É frequentadora da Igreja Batista Atitude, centro evangélico com sede na Barra da Tijuca. Até 2016, Michelle se socorria à Assembleia de Deus, na figura e ministério do pastor Silas Malafaia, que inclusive celebrou o casamento dela com Bolsonaro. Nos idos de 2007, ela era secretária parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília, e ele, deputado federal. Pouco tempo depois de se conhecerem, o encanto se fez. A gente sabe como é. Jair e Michelle têm cerca de 25 anos de diferença de idade, pouca coisa comparada com os 43 anos de idade que separam Temer e sua Marcela.

Na rabeira das pesquisas, Flávio Rocha, mais conhecido por ser o dono da rede varejista Riachuelo, e a esposa, a gaúcha Anna Cláudia Klein Rocha, também são frequentadores da evangélica Sara Nossa Terra. Em entrevista à revista Época, Anna Cláudia explicou que a fé cristã é muito importante para o casal: “O Flávio é uma pessoa que tem muita fé, e a gente segue os princípios voltados para a família e para a Bíblia”. O senador Alvaro Dias é casado com Deborah Amaral de Almeida Fernandes Dias, desde junho de 1983. Deborah é discreta e não se expõe na mídia. O “Novo” João Amoêdo – sobre o qual as principais referências são a longa carreira na iniciativa privada, tendo trabalhado em empresas como Citibank, Unibanco e BBA-Itaú – é casado com Rosa Helena Nasser Amoêdo. Felizmente para o casal, outra quase desconhecida do mundo político.

Naralia Szermeta, esposa de Guilherme Boulos

Ativista política, Natalia Szermeta é esposa de Guilherme Boulos, do MTST e Psol. Ela coordena 55 mil famílias em 13 estados.. “Não me incomoda ser chamada de ‘a mulher de Boulos’; eu me orgulho disso. O que chateia é a sociedade referenciar uma mulher em um homem”, disse certa vez. Henrique Meirelles manteve-se solteirão convicto até os 55 anos. Em 2000, casou-se com Eva Missine.

Filha de alemães, criada em Belo Horizonte, separada, é uma respeitada médica psiquiatra. Firmaram um contrato de união estável extremamente detalhado nas cifras envolvidas e nos deveres cotidianos recíprocos – contrato este que vazou para a imprensa na ocasião, deixando Meirelles muito constrangido. Não tiveram filhos. Aparentemente, a relação se mantém estável até o momento.

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