Projeto Borboleta ajuda trabalhadores presos na retomada de autoestima

Sede da Funap, Setor de Indústrias e Abastecimento, Brasília, DF, Brasil 25/7/2017 Foto: Tony Winston/Agência Brasília. O Projeto Borboleta, da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), permite que detentas do regime semiaberto escolham roupas e acessórios provenientes de doações para se apresentar profissionalmente. Toda pessoa tem direito a cinco peças de roupa, que podem ser escolhidas de acordo com as características e o estilo de cada uma.

Gabriela Moll e Jade Abreu, da Agência Brasília

O enclausuramento é o casulo delas. Restritas da liberdade, as mulheres na prisão muitas vezes podem perder o contato com a família e não ter mais as roupas que tinham. Ao deixar a cadeia para trabalhar no regime semiaberto, precisam de um novo vestuário.

O Projeto Borboleta, da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), serve para dar esse apoio. Peças de roupa provenientes de doações são entregues a mulheres que praticamente não têm o que vestir para trabalhar.

Na cadeia, existem uniformes, e o branco é a tonalidade permitida. “Fiquei quatro anos sem usar cor. Tinha uma vontade tão grande de colocar calça jeans e usar salto. Aí pensava: será que ainda sei andar de salto?”, contou uma das participantes, de 37 anos, enquanto se equilibrava em um sapato com 15 centímetros de altura.

Na sala com o provador e as araras de roupa, ela desprendeu o cabelo e disse que quer ir a um salão fazer escova. “Aqui é onde podemos perder a cara de presa. Quando ainda estava com o uniforme, fui tomar um café e senti que estivessem me olhando, como se todos soubessem que sou presa.”

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