Fogaça prevê que PMDB vai se alinhar com Geraldo Alckmin

Deputado José Fogaça. Foto Orlando Brito

O PMDB deverá se alinhar à candidatura do tucano Geraldo Alckmin e marchar junto com o PSDB na próxima eleição presidencial. Esta é a opinião do deputado federal José Fogaça (PMDB/RS), comentando com Os Divergentes e evolução do quadro politico nos próximos meses.

Fogaça é um dos últimos quadros históricos do partido e que mantém na ativa, ainda com grande influência dentro do PMDB. Em sua opinião o principal adversário de seu partido em 2018 será o PT: “aos poucos o PT vai minando. Esse partido tem estruturas de apoio engajadas, que ao longo de 13 anos de poder construíram uma máquina formidável”.

Parlamentar desde 1978, como deputado e senador, prefeito reeleito de Porto Alegre, o parlamentar gaúcho observa a cena política com cautela. Na sua avaliação, nesta convenção o PMDB já dará rumo a sua atuação. As tentativas de sedução de lideranças nordestinas (Sarney, Calheiros, Barbalho etc.) são complicadores. Entretanto acredita que no final o PMDB vai marchar com Alckmin. Se for outro nome, então o quadro poderia mudar.

A hipótese de candidatura própria, com uma chapa encabeçada pelo ministro Henrique Meirelles ou outro nome não parece muito provável ao experiente parlamentar. O cacife do partido será, na verdade, o êxito da gestão do presidente Michel Temer: “o governo sinalizou para os ajustes da economia, configurando uma total reversão das expectativas”.

Na sua avaliação, o presidente Michel Temer surpreendeu positivamente, exercendo um comando firme, articulado, “com temperança e compostura, um cavalheiro afável, uma figura estritamente parlamentar”. Ou seja, o presidente da República tem comando firme sobre seu governo, na opinião de Fogaça, o que foi uma surpresa, “pois todos sabiam da fragilidade com que assumiu o poder”, disse.

Sobre o Rio Grande do Sul, confirmou que o atual governador José Ivo Sartori será candidato à reeleição. Em sua opinião, a transparência com que enfrentou a desarrumação “de 60 anos de déficits” sucessivos pode romper com a maldição dos governos gaúchos, que nunca conseguiram se reeleger.

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