Arquitetos voluntários de Angola atuarão em projetos habitacionais do DF

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

MARIANA DAMACENO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Brasília recebe, desde fevereiro, dois arquitetos de Angola que trabalharão voluntariamente em ações do Programa de Assistência Técnica em Arquitetura e Urbanismo, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab)

A visita faz parte de um convênio assinado em junho de 2016 pelo governo de Brasília com o Conselho Internacional de Arquitetos da Língua Portuguesa.

“O que acontece aqui me espanta de uma forma positiva, pois geralmente quem tem menos oportunidade é quem mais precisa de assistência técnica, mas não recebe”, diz o voluntário Ariel Aleixo Sebastião, de 24 anos.

Ele se formou no ano passado e ficou sabendo da oportunidade por meio da Ordem de Arquitetos de Angola.

Toda a seleção é feita pelo conselho internacional, e os custos com a viagem são de responsabilidade dos voluntários. O DF auxilia com a cessão de estadia para os trabalhadores.

De acordo com a coordenadora de Assistência Técnica, Sandra Marinho, o programa assistencial voltado para pessoas de baixa renda é novidade no Brasil, apesar de estar previsto na Lei Federal nº 11.888, de 2008.

No DF, ele começou a ser implementado pelo Sol Nascente, em 2015, onde são feitas obras de infraestrutura para regularização do espaço.

Esse vai ser o local onde Vanda Cristina Mavilacana, de 31 anos, vai começar sua atuação. Depois de visitar a comunidade e entender um pouco como funciona o programa, ela sugeriu elaborar uma cartilha para distribuição aos moradores.

O exemplar explicará, por exemplo, por que determinados tipos de materiais são mais indicados para a construção das casas, como o modelo de tijolo e de reboco. “Eu percebi que muitos não aceitam os materiais sugeridos por falta de informação, mesmo que sejam os mais adequados para a área onde estão e atendam às necessidades deles.”

Essa é a primeira vez que Vanda sai de Angola. Ela também soube da possibilidade de vir a Brasília para conhecer o que caracteriza como arquitetura social pela ordem de arquitetos de seu país. “Lá, muitos bairros precisam disso que está sendo feito aqui.”

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