Morre o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, orgulho da diplomacia brasileira

Embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima no Palácio Doria Pamphili, na Piazza Navona, sede da embaixada brasileira em Roma - Foto Orlando Brito

Paulo Tarso Flecha de Lima faleceu nessa segunda-feira, aos 88 anos, em decorrência do agravamento de uma infecção urinária. O velório será em Brasília, pela manhã, e o seputalmento, à tarde, em Belo Horizonte, sua cidade natal. Durante anos, o embaixador ficou à frente do Departamento de Promoção Comercial do Brasil, instituição responsável pela inserção do Brasil na economia internacional.

O embaixador Paulo Tarso trabalhou com o presidente Juscelino Kubitschek, quando a capital do Brasil era ainda no Rio de Janeiro. Cursou o Instituto Rio Branco e formou-se em Ciências Jurídicas. Casado durante 54 anos com a embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, falecida em 2017 e amiga de Lady Di. Deixa duas filhas, dois filhos e quatro netos. Durante anos Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores. Foi também embaixador do Brasil em Washington, Londres e Roma.

O embaixador Paulo Tarso e Lúcia Flecha de Lima, em Roma – Foto Orlando Brito

Competente, cortês, elegante, exímio e invejável negociador. Patriota. Com certeza seu nome figurará na olimpo da diplomacia. Um orgulho do Itamaraty. Para o Brasil.

São muitas as missões diplomáticas de sucesso do embaixador Paulo Tarso. Por exemplo, foi a quem o então presidente Fernando Collor recorreu, no início dos anos 1990, para negociar a libertação de um grupo de operários brasileiros sequestrados por rebeldes no Iraque, trabalhadores de uma empreiteira que construia uma rodovia que ligava Bagdá ao interior do país.  Flecha de Lima tratou pessoalmente com Sadam Hussein e, uma semana depois, desembarcava em Brasília com os trabalhadores livres.

No velório no Itamaraty, homenagem de autoridades, amigos e familiares – Foto Orlando Brito
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