Gasto com servidores em Brasília é o maior do país

Governador Rodrigo Rollemberg - Foto Orlando Brito

Estudos do Tesouro Nacional indicam que a política generosa de aumentos salariais aos servidores de Brasília nos últimos 7 anos foi a principal causa das dificuldades financeiras do Governo do Distrito Federal (GDF).

O gasto real com pessoal cresceu 59% entre 2009 a 2015. A folha de pagamento saltou, apenas entre os anos de 2012 a 2015, de R$ 6,9 bilhões para R$ 10,842  bilhões. Com isso, o gasto per capita do GDF com pessoal atingiu R$ 3 719 mil, o maior do país. A média calculada pelo Tesouro Nacional levando em cota todos os demais estados foi de R$ 1 675.

O governador do GDF, Rodrigo Rollemberg, negou o reajuste salarial para todos os servidores em 2016 com argumentos mais  do que justificados, sob pena de agravar ainda mais os limites de gastos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Isso porque, mesmo sem dar o reajuste, hoje está comprometendo 64,19% das suas receitas líquidas com pessoal, quando a LRF fixa o limite máximo de 60%.

Rollemberg está contando com novas receitas que deve obter da repatriação de recursos externos para melhorar esta relação dos gastos de pessoal e, eventualmente, o resultado do déficit primário de 2016.

Se, mesmo assim, continuar comprometendo mais do que 60% das suas receitas líquidas com pessoal, a LRF lhe dá a possibilidade de fazer uma operação de crédito para reduzir os quadros do GDF com um Programa de Desligamento Voluntário (PDV).

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).