Vespertinas: a volta de Sarney, academia militante & o MP sem pressa

O incêndio do edifício em São Paulo. Foto Paulo Pinto/FotosPublicas

Pressa pra quê I. O Ministério Público arquivou há 45 dias, sem nenhuma conclusão, inquérito instaurado em agosto de 2015 que investigava os riscos do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo. O prédio histórico desabou na madrugada desta quarta, 1º de maio.

Pressa pra quê II. Um morador vizinho, Rogério Baleki, considerava o risco tão evidente que acionou a Ouvidoria Geral do Município. “Isto não é acidente, é um crime”, disse, sobre o colapso.

Pressa pra quê III. Talvez seja o momento do Ministério Público aplicar com gente anônima e pobre o mesmo rigor investigativo usado para prender o ex-presidente Lula. Quem sabe o Wilton de Almeida já estivesse desocupado. E uma tragédia teria sido evitada.

Sarney ou Dino I O jornalista Ricardo Galhardo informa que o ex-presidente José Sarney (MDB) está de volta ao Maranhão. O objetivo do velho canídeo que enricou enquanto fazia política é remover o governador Flavio Dino (PCdoB) do poder e voltar ao Palácio dos Leões.

José Sarney

Sarney ou Dino II Vai ser curioso saber quem o PT vai apoiar. Se o velho camarada, José Sarney, ou o antigo aliado de armas, o PCdoB.

O que a torna nociva
é que seus seguidores acreditam
que detêm o monopólio da verdade (…)

Academia amordaçada I. Artigo publicado no Estadão de domingo, 22 de abril, assinado pelo professor Carlos Ardissone, da PUC-RJ, relata a ditadura do pensamento único predominante na academia brasiliana em áreas como a das Ciências Sociais. Em síntese: em alguns departamentos da academia é proibido não ser de esquerda.

Academia amordaçada II. Escreve o professor que se descreve como liberal: “[Professores marxistas] estão convictos de que conhecem intimamente a fórmula para a redenção da humanidade e de que detêm o monopólio da virtude”. Quem conhece a sinistra e já frequentou universidades não se choca com a descrição.

Academia amordaçada III. O “professor-militante” se transforma no “professor-doutrinador”, descreve Ardissone. O espaço para o “pensamento crítico” desaparece e preceitos elementares da metodologia científica, como não confundir hipótese com tese, são ignorados. A universidade, que deveria ser espaço para o contraditório, vira palco do panfletarismo.

Academia amordaçada IV. O aspecto mais deletério do pensamento esquerdista não é o que pensam seus militantes, como acreditar que o Estado deve ser mastodôntico e controlador. O que a torna nociva é que seus seguidores acreditam que detêm o monopólio da verdade e que são os únicos capazes de conduzir o proletariado e o campesinato ao paraíso.

Academia amordaçada V. Deixam, assim, de formar partidos para constituir seitas. Com isto, acaba o diálogo e, mais importante, a racionalidade.

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