Procurador preso tinha acesso a investigações do TSE e da Lava Jato

Joesley Batista, Foto Fiesp

O procurador Angelo Goulart, alvo de pedido de prisão na operação de hoje, trabalha no TSE como principal auxiliar do procurador eleitoral Nicolao Dino, mas faz parte do grupo de procuradores mais próximos do PGR Rodrigo Janot e da forca-tarefa da Lava Jato. Tinha, portanto, acesso a informações, depoimentos e gravações tanto do processo de cassação da chapa Dilma-Temer – o que pode dar argumentos às defesas para questionamentos – quanto às investigações da própria Lava Jato. A acusação contra ele é de que teria vazado informações para a JBS e outros alvos.

É por aí que o pedido de prisão do procurador, uma ação tão drástica, está sendo interpretado como uma sinalização do Ministério Público para que não tenha sua legitimidade contestada em todo esse processo. Janot, ao que parece, resolveu mostrar que também pode cortar na própria carne quando o MP erra. A PGR ainda está em silêncio mas vai se manifestar por nota em algum momento. Janot e a cúpula do órgão devem sair de circulação durante o dia de hoje.


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