PP e centrão onde sempre estiveram: prontos para entrar em qualquer governo

Centrão que apoiou Alckmin, agora quer ir para Bolsonaro

Aos poucos, os partidos vão fazendo suas definições em relação ao segundo turno da eleição. Como foi grande a diferença entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad na passagem para o segundo turno, alguns partidos conservadores, como o PTB e o PRB, se apressam para articular apoio ao candidato do PSL. Mas seguro morreu de velho, e a turma do Centrão está mais preocupada em estar no próximo governo, seja ele qual for. Pelo sim, pelo não, o PP acaba de decretar sua neutralidade.

O que essa neutralidade quer dizer? Quer dizer que a bancada pepista de 37 deputados e cinco senadores que acaba de se eleger está pronta para apoiar o próximo presidente, Bolsonaro ou Haddad. Em troca, claro, vai querer um ou dois ministérios. Se vai ganhar ou não, é problema para depois de 28 de outubro. Bolsonaro já disse que vai acabar com o toma-lá-dá-cá, como se fosse possível. Haddad não chegou a tanto, mas certamente sua prioridade para governar estará à esquerda do PP.

Há curiosidade geral em torno da posição do DEM, que quase obviamente se inclinará por Bolsonaro. Mas o partido não vai declarar esse apoio enquanto não obtiver sinalização de que o candidato do PSL, se eleito, apoiará Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. Como Bolsonaro, com seu discurso, parece ter subido no salto alto, essa aliança poderá não sair, o que acaba sendo bom para Fernando Haddad.

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