Enquanto isso, no Alvorada, Lula e Mercadante tentam pacificar Dilma e o PT

A presidente afastada Dilma Rousseff janta esta noite com o ex-presidente Lula e com o ex-ministro Aloizio Mercadante para discutir o ato final do impeachment. Já não há maiores esperanças de se virar votos no plenário do Senado – nem hoje nem no dia 26 -, e a preocupação dos petistas é com o futuro. Querem evitar que os últimos movimentos de Dilma no Alvorada prejudiquem ainda mais a já abalada imagem do partido.

A verdade é que, a esta altura, Dilma e o PT já não tem os mesmo objetivos: a presidente quer salvar sua biografia; o PT quer sobreviver. Lula quer salvar o PT como projeto futuro de volta ao poder, e sabe que uma saída de mau jeito de Dilma pode tornar isso ainda mais difícil do que já é.

Os petistas temem, por exemplo, que à medida em que aparecerem mais elementos de delações premiadas – como a do marqueteiro João Santana – tratando de caixa 2 em suas campanha, Dilma avance na argumentação de que a responsabilidade é do partido. Suas afirmações nesse sentido irritaram a direção petista e acirraram os ânimos, levando o presidente do PT, Rui Falcão, a jogar um balde de água fria na proposta de plebiscito da presidente afastada, deixando claro que o partido parou de trabalhar contra o impeachment.

A última coisa de que os petistas precisam agora é de um rompimento ruidoso entre Dilma e o PT. É isso, sobretudo, que Lula e Mercadante vieram evitar hoje à noite no Alvorada. Rui Falcão não foi convidado.

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