Cunha agora é a bola da vez

E tome fofoca enquanto a votação não começa. Deputados falam numa suposta anistia da Casa para Eduardo Cunha por seu “papel” a favor do impeachment. Primeiro passo já teria sido dado com mudança na composição do conselho de ética.

Quem sabe das coisas diz que não vai funcionar. A partir de amanhã, Cunha será a bola da vez, inclusive e sobretudo se, como parece, Michel Temer sair vitorioso do plenário hoje. O quase presidente da República será o primeiro a querer se livrar dessa companhia incômoda. Afinal, Cunha é bo único político brasileiro hoje que consegue ser mais impopular do que Dilma.

Se a Câmara não cuidar do assunto, pelo menos afastando Cunha da presidência da Casa – possivelmente até num acordo em que ele preserve o mandato – o STF deve fazê-lo.

Até agora, os ministros do Supremo vêm se mostrando inseguros em acolher a ação de afastamento de Cunha impetrada pelo PGR. Trata-se de uma situação inédita essa de o poder Judiciário afastar do cargo o presidente de outro poder.

Ineditismo por ineditismo, porém, temos visto nos últimos tempos coisas jamais imaginadas na política brasileira – como, por exemplo, o acusadissimo  Cunha conduzir o impeachment de Dilma, que a rigor não sofre nenhuma acusação de corrupção.

A possível aprovação do impeachment – e suas circunstâncias – tende a derrubar as resistências do STF. Vão em cima de Cunha.

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