O jogo de cartas marcadas no julgamento de Temer

Precursor de Millor Fernandes, Pasquim, Casseta e Planeta e Sensacionalista, entre outros, o Barão de Itararé é um dos pioneiros do nosso humorismo político. Entre dezenas de excelentes máximas, ele cravou que de “onde menos se espera é que não sai nada mesmo”.

Cria-se um suspense sobre a votação nesta semana na Câmara do pedido para a abertura de processo contra Michel Temer por corrupção passiva. Pura espuma. Quem aposta em emoção quer manter a expectativa. E haja capítulo para segurar a audiência dessa novela.

No mundinho dos políticos, o buraco é mais embaixo. Fora alguns gatos pingados, quem pode atirar a primeira pedra em Michel Temer, Lula ou Aécio Neves? É um ambiente em que até Paulo Maluf se sente à vontade para dar atestados de honestidade, sem contestação.

Pesa tanto quanto essa coletiva cara de pau, o funcionamento a todo vapor do Posto Ipiranga palaciano, e o pragmatismo de presidenciáveis como Lula e Geraldo Alckmin de que nada têm a ganhar com a queda do Temer agora. É simples assim.

A conferir.

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