Eleição na Câmara encolhe Cunha

Cunha e o relator do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo. Foto Orlando Brito

Uma das mais cruéis atividades humanas é a política. O tombo do céu para o inferno é um pulo. Mesmo quando parece demorar, a queda é abrupta. A história é repleta de casos. Quem ainda não caiu, mas está fadado a tal, finge. Até hoje, Dilma Rousseff faz esse papel, mal interpretado.

Quem até a noite dessa quinta-feira (13) ainda enganava incautos e interesseiros em geral era Eduardo Cunha. Faz tempo que ele perdeu dentes e a embocadura. Mas, políticos, jornalistas e outros continuam a apontá-lo como o cara que dá as cartas na Câmara dos Deputados. Atribuem um poder a Cunha, que ele já não tem há tempos. Bobagem.

Cunha acabou. Se vai ser cassado agora ou no começo de agosto é detalhe. O máximo que ele pode conseguir é adiar a aprovação pela Comissão de Justiça da decisão do Conselho de Ética dessa quinta-feira (14) para o começo de agosto. Se não tiver quorum, ganha um mês de sobrevivência. Na chuva. Perdeu os aviões da FAB, ninguém mais lhe empresta jatinhos, não tem coragem de viajar em voos comerciais. Acabou.

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