História – Há 27 anos, a posse de Fernando Collor

Collor recebe a faixa presidencial de Sarney, observado pelo vice Itamar Franco. Foto Orlando Brito

Aos 40 anos, Fernando Affonso Collor de Mello era o mais jovem brasileiro a assumir a presidência da República. Venceu a eleição, no segundo turno, com 35.089.998 votos contra 31.076.364 de Lula. Collor nasceu no Rio. Seu pai, Arnon de Mello, foi senador por Alagoas, e seu avô, Lindolfo Collor, ministro de Getúlio Vargas.

Fernando Collor fora prefeito de Maceió, governador e deputado federal por Alagoas. Era o primeiro brasileiro a ser escolhido para o Palácio do Planalto com o voto popular, após o período de governos militares, de 1964 a 1985. O último eleito foi Jânio Quadros, que assumiu em 1960 para substituir Juscelino Kubitschek e que renunciou ao mandato após seis meses de receber a faixa presidencial.

Sua campanha para presidente foi inovadora. Adotou ritmo acentuado de viagens pelo país, com comícios dos quais participavam artistas populares. Seu principal mote para convencer os eleitores foi o bordão de caça aos marajás – referência aos grandes salários. Empolgou por sua aparição nas carreatas e programas do horário eleitoral na tevê com sua juventude.

Fernando Collor faz o juramento de posse no Congresso, ao lado dos senadores Nelson Carneiro e Mendes Canale, do deputado Paes de ANdrade e do vice Itamar Franco. Foto Orlando Brito

Ao assumir, determinou a privatização de empresas públicas, demitiu e extinguiu cargos da administração federal. Sob o comando da ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, anunciou o confisco das cadernetas de poupança acima de 50 mil cruzeiros. Sim cruzeiros, porque uma de suas primeiras medidas foi devolver o nome de cruzeiro à moeda corrente no governo anterior, de José Sarney, o Cruzado. Um dos quesitos do Plano Collor era a abertura do mercado brasileiro às importações.

Porém, seu estilo de marketing pessoal coincidiu com denúncias de corrupção. O empresário alagoano Paulo César Farias, coordenador financeiro de sua campanha eleitoral tornou-se o personagem principal das acusações, levadas à mídia por Pedro Collor, irmão do próprio presidente. Após um movimentado e atribulado período na política, Fernando Affonso Collor de Mello acabou sofrendo o processo de impeachment no Congresso, deixando definitivamente o Palácio do Planalto em 29 de dezembro de 1992. Em seu lugar, assumiu o vice Itamar Franco.

Hoje, Fernando Collor de Mello é senador por Alagoas.

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