Lula na cadeia, turma do Temer no sal, Aécio puxa a fila na Lava Jato

Michel Temer, Lula e Aécio Neves.

Depois de tantos sonhos e desilusões, um novo trauma pode despertar o país. A prisão de Lula, motivo tanto de revolta como de euforia, rompeu um pacto tácito de impunidade e pôs na roda outros intocáveis da política brasileira.

Evidente que sempre há uma graduação. A régua é a apuração. Ou o foro privilegiado. Há fartura de indícios e provas sobre uns, menos sobre outros.

Os petistas e aliados alegam que seus líderes, Lula à frente, são alvos de uma investigação seletiva. José Dirceu, eles sabem, vai voltar para a cadeia. Culpam o juiz Sérgio Moro. O que seria, no discurso deles, uma conspiração em Curitiba, foi endossada pelos desembargadores federais em Porto Alegre, e sacramentada, nas duas maiores instâncias judiciais, por 11 ministros em Brasília.

Esse chororô do PT só faz sentido entre eles.

A dúvida que eles levantam com alguma procedência é sobre caciques políticos de outros partidos. Uns já se deram mal. Outros, mesmo chamuscados, se agarram ao tal foro privilegiado. Sempre haverá algum que não tem culpa no cartório.

Aos fatos.

Preso, o ex deputado Eduardo Cunha segue para o avião da Polícia Federal com destino a Curitiba.

O PMDB de Michel Temer caiu por inteiro nas investigações.
Estão na cadeia Eduardo Cunha e Henrique Alves, poderosos ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Sérgio Cabral e Geddel Vieira Lima, entre outros caciques do partido.
Só está fora quem está pendurado no foro privilegiado.

Além do próprio Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha se seguram ali no inquérito sobre o “quadrilhão” do PMDB.
A outra banda do partido está sob a mira da PGR. A procuradora Raquel Dodge cobra que o STF ponha para andar as acusações contra Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney, entre outros.

O PSDB está na mesma berlinda. Os tucanos dizem que não dá para comparar seus malfeitos com os cometidos pelos petistas. Seriam bem menores. Bom argumento para seus advogados.

Senadores Aloysio Nunes e José Serra.

Eles perderam a pose de vestal. Tucanos da plumagem de José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, antes tão ativos, fingem de mortos para escapar da Lava Jato. O tal Paulo Preto os assombra.

Pior ainda é a situação de Aécio Neves, um estorvo que os tucanos não sabem (ou não podem) se livrar.
Ele havia conseguido a proeza de se tornar o cara entre os egos tucanos.

Virar réu no STF vai ser só um pedaço da história.
As gravações, malas de dinheiro, desculpas esfarrapadas só complicam a situação.
Seu medo de ir para a cadeia é compreensível.

Eduardo Azeredo, seu parceiro em Minas, protagonista do mensalão tucano,finalmente deve ir para a cadeia no final do mês.
Os tucanos de outras plagas não estão sabendo como lidar com essa situação.

Quanto mais esticarem a corda, mais se afundam.

Lula, Aécio e Temer se aliaram para sobreviver a Lava Jato.

Até agora sem nenhum sucesso.

A conferir.

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