Dirceu pode puxar a fila para a cadeia dos condenados em segunda instância

Ministro José Dirceu

A condenação de José Dirceu no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do mensalão é um marco no combate à impunidade no país. Nunca antes, em tempos democráticos, ninguém com tamanho poder havia sido acusado, julgado, condenado e preso por corrupção.

Nessa super-quarta-feira (13), todas as atenções estão voltadas para o que, em Brasília, o STF vai decidir em relação a Rodrigo Janot e a delação premiada da turma da Friboi, e para o novo depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

Ambas as expectativas se justificam. A lambança nas negociações com a turma de Joesley Batista deu gás a quem, como Gilmar Mendes, há tempos tenta pôr um freio na Lava Jato. A explosiva confissão de Antonio Palocci, operador-mor nas arrecadações de grana para o PT, foi praticamente um tiro mortal contra Lula.

Mas, entre momentos tão relevantes, a novidade pode rolar em Porto Alegre. Ali, está previsto o julgamento pelo TRF-4 do recurso de José Dirceu contra a decisão de Sérgio Moro que o condenou a mais de 20 anos de cadeia pelo recebimento de R$ 15 milhões em propina da empreiteira Engevix.

Se confirmarem a sentença de Moro, os desembargadores podem mandar Dirceu começar a cumprir logo a pena. Todos os condenados por Moro em primeira instância, inclusive Lula, estão com antenas ligadas em Porto Alegre.

Pelo o que José Dirceu representou ao longo de todo esse processo de combate à impunidade, esse novo julgamento pode ser outro marco.

A conferir.

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